Três pessoas, sendo dois homens que atuavam com furtos e derretimento de cabos de cobre e um dono de empresa de reciclagem responsável pela receptação dos produtos, foram presos em flagrante, nesta sexta-feira (26),
As investigações iniciaram após os policiais da Derf-VG receberem denúncia de que, em uma residência no bairro Capão do Pequi, dois homens estavam derretendo cabos de cobre furtados de uma empresa no Distrito Industrial.
Imediatamente após a comunicação dos fatos, a equipe de investigadores foi até o endereço, onde flagraram os dois suspeitos em posse de aproximadamente 30 metros de cabeamento para rede elétrica, furtados da empresa durante a madrugada.
No local, foram constatados vestígios da queima do cabeamento de cobre, ficando claro o modo de ação dos criminosos, que furtam os cabos e imediatamente derretem o cobre, para auferir um lucro maior na venda do material, já que os receptadores pagam um preço maior se o material estiver “limpo”, ou seja, sem vestígios da procedência, dificultando a identificação.
Questionados, os suspeitos confessaram a prática criminosa, indicando também o receptador dos produtos. Em continuidade às diligências, os policiais foram até a empresa de reciclagem responsável pela receptação, onde o proprietário confessou ter comprado o material de origem ilícita dos suspeitos. Em buscas na empresa, foram apreendidos cinco quilos de cobre derretido.
Diante dos fatos, os suspeitos foram conduzidos à Derf-VG e, após interrogados, foram autuados em flagrante pelas respectivas condutas.
Furto
A representante da empresa vítima de furto relatou que há três dias o furto vinha acontecendo há três dias. Durante a madrugada, os suspeitos arrombaram o cadeado do portão e invadiram o local, destruindo a caixa do padrão de energia e subtraindo todo cabeamento.
Os suspeitos ainda escalaram os postes, de aproximadamente seis metros de altura, e furtaram refletores e cabeamentos de baixa tensão, causando um prejuízo aproximado de R$ 10 mil. Os criminosos ainda teriam deixado separado alguns metros de cabo, demonstrando que iram retornar para dar prosseguimento à série de furtos.
Questionados, sobre os demais objetos furtados, os suspeitos disseram que trocaram por drogas em bocas de fumo.
Segundo a delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes de Souza, o quilo de cobre está sendo vendido no mercado por R$ 35, fato que tem elevado os furtos e a receptação do material, especialmente em comércios clandestinos.
“A Polícia Civil tem feito sua parte, porém o crime de furto é considerado para muitos como de menor potencial ofensivo, mas seguramente não é. Esse tipo de crime provoca não apenas o prejuízo material para as vítimas, mas um abalo que atinge toda a sociedade, já que traz em seu bojo outros crimes como a receptação e o tráfico de drogas”, disse a delegada.