Após dois dias de julgamento pelo Tribunal do Júri de Cuiabá, Guilherme Dias de Miranda e Wallisson Magno de Almeida Santana foram condenados nesta terça-feira (5) pelo homicídio do personal trainer Danilo Nascimento de Souza. O Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi cometido por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima pelo mandante Guilherme de Miranda. A pena atribuída a ele foi de 20 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, sendo mantida a prisão e negado ao réu o direito de recorrer em liberdade.
Já Wallisson Santana, que pilotou a moto usada no crime, foi condenado por homicídio e recebeu a pena de nove anos de reclusão, a ser cumprida a partir do regime semiaberto. A prisão cautelar do réu foi revogada, bem como condicionada a liberdade dele ao monitoramento eletrônico com uso de tornozeleira. O Ministério Público de Mato Grosso interpôs recurso em Plenário contra essa decisão. Atuou no júri o promotor de Justiça Vinícius Gahyva Martins.
O crime aconteceu em novembro de 2017, no bairro Duque de Caxias II, na capital, próximo à academia onde a vítima trabalhava. Ele foi planejado e organizado por Guilherme de Miranda, que assistiu à execução, por motivo de vingança. Uma terceira pessoa não identificada disparou quatro vezes contra Danilo de Souza, a curta distância. Wallisson Santana conduziu a motocicleta previamente preparada para o assassinato.
Conforme a denúncia do MPMT, meses antes do crime a companheira de Guilherme manteve um relacionamento amoroso extraconjugal com a vítima. Ao tomar conhecimento da infidelidade, ele passou a ameaçar Danilo, até mesmo de morte. Na data dos fatos, Guilherme, Wallisson e terceiras pessoas atraíram Danilo até o local onde seria executado, colocando o plano em prática. Guilherme e Wallisson fugiram e foram presos pelo crime cerca de três meses depois, em São Paulo. (Com Assessoria)